Com a finalidade de regular os procedimentos de internação nos hospitais públicos do Estado, o presidente da Assembleia Legislativa da Paraíba (ALPB), Adriano Galdino, propôs a criação da “Fila Única”. A proposta foi debatida por ele, durante o Pequeno Expediente da Sessão Ordinária da Casa, realizada na manhã desta terça-feira (1º).

A regulação da saúde é o processo que o hospital usa para internar ou transferir um paciente para outro hospital com mais estrutura para atender determinados casos. “Hoje, na Paraíba, essa tramitação está concentrada, praticamente 80 a 90% nas secretarias de saúde de João Pessoa e Campina Grande, e isso tem trazido muito prejuízo à saúde pública da Paraíba, inclusive ocasionando até óbitos por causa dessa dificuldade”, explicou Galdino.

Galdino reforçou, ainda, que o processo atual dificulta a população mais pobre de ter acesso a internações nos grandes centros. “É uma loteria conseguir uma internação no HU de Campina Grande e no HU daqui de João Pessoa, por exemplo. Então, nós precisamos, realmente, abrir esse debate para diminuir o sofrimento da população mais pobre e, principalmente, daqueles que moram nas pequenas cidades, que não conseguem se internar nos grandes centros. Esses grandes centros estão comandados, na maioria das vezes, pela secretaria de saúde de cada município e, nessa situação, os municípios grandes têm suas preferências e, às vezes, essas preferências não correspondem às necessidades dos menores municípios”, complementou Galdino.

Para o presidente da ALPB, a implantação da Fila Única tornará os processos hospitalares mais ágeis e justos, já que levará em consideração a gravidade de cada caso de uma forma geral. Por isso, colocou-se como líder desse debate. Na próxima sessão, Galdino avisou que apresentará um requerimento de audiência pública para debater o tema na Casa de Epitácio Pessoa. A ideia é, segundo ele, reunir o Poder Público e as secretarias de saúde da Paraíba para delinear um projeto de regulação da Fila Única no Estado. “Essa regulação precisa ser acompanhada pelos órgãos do governo, inclusive com Ministério Público Federal e Estadual, para termos uma fila única de regulação, transparente, honesta, para que as pessoas possam ter seu direito de saúde respeitado”, resumiu.